domingo, 15 de junho de 2008

A minha "receita" para criação à mão de Canários

Porque me pediram por email, achei que fosse útil divulgar o meu procedimento na criação dos meus dois canários.

Que todos os que precisarem, tenham êxito, e que a minha experiência e divulgação seja uma Homenagem à pequena Mimi.

"O Canto dos Passarinhos é o Eco da Natureza".

1º) um termo redondo ou caixa de papelão pequena, com esferofite ou muito tecido quentinho ( cortei mangas e bolsos de robes velhos de Inverno) ou material isolante, aninhei-os muito juntinhos e porque tinha de manter a temperatura constante, acendi um candeeiro que esteve aceso sempre, para não exagerar na temperatura, pus junto um termómetro de aquário, e aproximava ou afastava o candeeiro se achasse que a temperatura estava alta ou baixa. Também cobri os passarinhos por causa do excesso de luz e porque também os ajudava a manter quentinhos.
2º) comida:- primeiro fiz uma mistura de papa amarela com água e enchi uma seringa (de insulina), das mais pequenas, porque controlamos melhor as quantidades, mas nunca fiz quantidades fixas, não dava esta ou aquela quantidade, principalmente por desconhecimento, o que fazia era observar o papo dos passarinhos, que dava para ver perfeitamente, porque tinham poucas penas.
3º) comida:- consegui arranjar uma papa própria de criação à mão, numa loja de animais, zona de Telheiras, próximo de um Hipermercado, conseguiram arranjá-la junto de um criador, diluia em água, e enchia várias seringas, antes de lhas dar, amorna-as em banho Maria . Durante o dia dava-lhes de hora a hora, faziamos escalas cá em casa, de noite levantava-me de 3h em 3h e depois fui alargando o intervalo de tempo.
4º) pelos 15 dias comecei a dar uma vez por dia a papa com uma espátula, aquelas de mexer o café das bicas, e misturava um bocadinho de maçã ralada ou cenoura ralada ou um bocadinho de gema de ovo cozido, nas restantes vezes dava a papa na seringa.
5º) cerca do 20º dia, achei que eles tinham que "ver" como se comia, e pu-los numa gaiola dentro de uma caixinha também com muito tecido quentinho, cobria-os, e pus na gaiola duas fêmeas muito calminhas que nada sabiam fazer, mas hão-de ter-lhes ensinado alguma coisa.
6º) ao 27º dia praticamente já eram independentes, tinha de pôr a alpista no fundo da gaiola, mas dava-lhes na mesma a papa ou com a seringa ou com a espátula, foi o que eu chamei "desmame". Na altura, num dos fóruns aconselharam-me dar-lhes “perrilha” , não sei se é assim que se escreve, mas não encontrei em lado nenhum, por isso punha algumas sementes de milho painço misturada com alpista, somente alpista, e outra sugestão que me deram foi cozer um bocadinho a alpista para eles conseguirem descascá-la. Falaram-me também em germinar as sementes mas não cheguei a fazê-lo.
7º) como mandam as regras, ao 30º dia começaram a rejeitar as papas as espátulas e as seringas. Por vezes, ainda lhes dava uma seringa com papa, ou a mistura de papa com maçã ralada, mas raramente porque o entusiasmo deles ia diminuindo. Espero que tenha ajudado.
Estou à disposição para outros esclarecimentos:- sotoracfq@hotmail.com

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