quinta-feira, 3 de julho de 2008

Nova Criação

Logo no dia a seguir à fuga da MIMI , o casal Babette e Malhadinhas, presentearam-me com um novo ovinho.
Fiquei feliz e melancólica , triste e contente.
Foram pondo ovos até 4, como de costume.
No sábado, 27 de Junho nasceu o 1º e único bébé.
Os papás têm-se comportado normalmente, mas ontem já comecei a estranhar. Parecia-me que não estavam a alimentar o pequenito.
Hoje de manhã, verifiquei que o bébé não tinha comida no papo, à tarde nada, dei-lhe papa, e coloquei o ninho no viveiro, antes de anoitecer fui ver de novo, e tive de voltar a dar o suplemento ao pequenito. No entanto ela, aquece o filho, deve estar a chocar os outros ovos.
Amanhã tomarei uma decisão.

domingo, 15 de junho de 2008

Uma Flor Chamada Mimi


Descobri que tinha mais esta foto da Mimi, tal como tenho uma idêntica do Pipo. Decidi partilhá-la com os vistantes dos blogue.
Hoje arranjei coragem para soltar o Pipo, desde o dia 11 de Junho, data fatídica da fuga para a "Liberdade" da Mimi, que não o tirava da gaiola, e andava triste ainda mais triste porque, parecia que ele se tinha "esquecido" das minhas mãos.

Tomei de novo a rotina matinal, abri a porta da gaiola, onde agora ele tem a companhia de uma irmã com mais um ano, a Zac, que já tinha sido sua "ama". Esperei, angustiada que ele se atrevesse a sair..... saiu e voou e tornou a voar, e a voar ....e a voar. Ofereci-lhe as minhas mãos e ele aceitou-as..........., grossas lágrimas silenciosas correram dos meus olhos nublados de dor e de alegria.

A minha "receita" para criação à mão de Canários

Porque me pediram por email, achei que fosse útil divulgar o meu procedimento na criação dos meus dois canários.

Que todos os que precisarem, tenham êxito, e que a minha experiência e divulgação seja uma Homenagem à pequena Mimi.

"O Canto dos Passarinhos é o Eco da Natureza".

1º) um termo redondo ou caixa de papelão pequena, com esferofite ou muito tecido quentinho ( cortei mangas e bolsos de robes velhos de Inverno) ou material isolante, aninhei-os muito juntinhos e porque tinha de manter a temperatura constante, acendi um candeeiro que esteve aceso sempre, para não exagerar na temperatura, pus junto um termómetro de aquário, e aproximava ou afastava o candeeiro se achasse que a temperatura estava alta ou baixa. Também cobri os passarinhos por causa do excesso de luz e porque também os ajudava a manter quentinhos.
2º) comida:- primeiro fiz uma mistura de papa amarela com água e enchi uma seringa (de insulina), das mais pequenas, porque controlamos melhor as quantidades, mas nunca fiz quantidades fixas, não dava esta ou aquela quantidade, principalmente por desconhecimento, o que fazia era observar o papo dos passarinhos, que dava para ver perfeitamente, porque tinham poucas penas.
3º) comida:- consegui arranjar uma papa própria de criação à mão, numa loja de animais, zona de Telheiras, próximo de um Hipermercado, conseguiram arranjá-la junto de um criador, diluia em água, e enchia várias seringas, antes de lhas dar, amorna-as em banho Maria . Durante o dia dava-lhes de hora a hora, faziamos escalas cá em casa, de noite levantava-me de 3h em 3h e depois fui alargando o intervalo de tempo.
4º) pelos 15 dias comecei a dar uma vez por dia a papa com uma espátula, aquelas de mexer o café das bicas, e misturava um bocadinho de maçã ralada ou cenoura ralada ou um bocadinho de gema de ovo cozido, nas restantes vezes dava a papa na seringa.
5º) cerca do 20º dia, achei que eles tinham que "ver" como se comia, e pu-los numa gaiola dentro de uma caixinha também com muito tecido quentinho, cobria-os, e pus na gaiola duas fêmeas muito calminhas que nada sabiam fazer, mas hão-de ter-lhes ensinado alguma coisa.
6º) ao 27º dia praticamente já eram independentes, tinha de pôr a alpista no fundo da gaiola, mas dava-lhes na mesma a papa ou com a seringa ou com a espátula, foi o que eu chamei "desmame". Na altura, num dos fóruns aconselharam-me dar-lhes “perrilha” , não sei se é assim que se escreve, mas não encontrei em lado nenhum, por isso punha algumas sementes de milho painço misturada com alpista, somente alpista, e outra sugestão que me deram foi cozer um bocadinho a alpista para eles conseguirem descascá-la. Falaram-me também em germinar as sementes mas não cheguei a fazê-lo.
7º) como mandam as regras, ao 30º dia começaram a rejeitar as papas as espátulas e as seringas. Por vezes, ainda lhes dava uma seringa com papa, ou a mistura de papa com maçã ralada, mas raramente porque o entusiasmo deles ia diminuindo. Espero que tenha ajudado.
Estou à disposição para outros esclarecimentos:- sotoracfq@hotmail.com

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Porquê???

Porquê, porquê, porquê?? estala no meu cérebro a pergunta, estala e doi, doi com muita força, dor que não no físico mas na mente.
Que segundos efémeros, do tamanho da tua efémera vida, do tamanho do teu pequeno corpinho.
Tinhas acabado o teu vôo matinal com o Pipo, livre na sala, se se entender como livre uns metros de um corredor que nunca ainda te tinhas atrevido a ultrapassar. O Pipo já te aguardava na gaiola, faltaste-me tu no segundo seguinte. Alteras-te o corredor, alargaste o espaço... e no segundo seguinte vi que nada podia fazer.
Do alto do parapeito da janela inadvertidamente aberta, olhaste-me, fixei-te, pedi-te " não vás", mas foste atraída pela frescura da manhã, mais forte e traiçoeira, lançaste-te então num vôo para a frente e o "corredor" de "Liberdade" tornou-se enorme.
Que sensação Mimi, a tua de enorme prazer a minha de pavor, de impotência, de não querer acreditar no que os meus olhos deixaram de ver em milésimos de segundos.
Que corpinho tão pequenino, dependeste de mim desde o teu 6º dia de vida, confiavas em mim, as mãos humanas foram mãos que te alimentaram durante dias e noites, peço a Deus que mãos humanas te consolem.
Bati a zona, pensando que como em casa criasses na rua um "corredor" de vida.
Espero ansiosa que o telefone toque dizendo-me que estás num outro "corredor" de vida, recolhida por mãos amigas que leram o meu apelo.
Até Sempre Mimi.

Poemas a Mimi

Eu bem-te-vi, saiste do lance da janela alta e lanças-te-te ao ar, num vôo libertador, desamedrontado.
Daqui, de onde estou, me recordo de ti .
DO AMOROSO ESQUECIMENTO
Eu agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
Mario Quintana - Espelho Mágico
OS POEMAS

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Mario Quintana - Esconderijos do Tempo

quarta-feira, 11 de junho de 2008

A Mimi voou hoje para o "vazio"


Hoje, dia 11 de Junho de 2008, a Mimi, atreveu-se a voar para o "vazio".



Como devem imaginar estou inconsolável, tem um mês e 10 dias de vida.



Já coloquei anúncios, mas...., a esperança será a última a morrer.

Foi junto aos Julgados de paz em Telheiras, Lisboa. Se por acaso alguém passar por aqui e tiver alguma informação, contacte-me para o email sotoracfq@hotmail.com.






segunda-feira, 9 de junho de 2008

Os meninos



Na primeira foto o Pipo dorme uma bela soneca em cima da gaiola, e a Mimi está quase quase a adormecer.
Na segunda foto, o parzinho totalmente domesticado, são mesmo uns queridos.